
Imagem colorida por inteligência artificial (ChatGPT), do professor Julio Cesar.
Ensinar matemática por meio de histórias pode soar inusitado, mas para Malba Tahan, era a forma mais natural de despertar o interesse e a curiosidade dos alunos. Muito antes de termos nomes como “metodologias ativas” ou “aprendizagem significativa”, ele já colocava em prática uma pedagogia criativa e envolvente — feita de descobertas, diálogo e imaginação.
Uma pedagogia à frente de seu tempo
Nascido Julio Cesar de Mello e Souza, o professor adotou o pseudônimo Malba Tahan para dar voz a um sábio oriental, mestre em matemática e contador de histórias.
Com esse alter ego, rompeu os limites entre ciência e arte, mostrando que o aprendizado podia ser belo, curioso e humano.
De acordo com Graziele M. G. Santos (2017), em sua monografia “A Didática de Malba Tahan na Educação Matemática”, a metodologia do autor apresentava uma verdadeira “matemática com rosto humano” — conectada à ética, à cultura e à emoção.
Seu objetivo era ensinar pela narrativa, aproximando o raciocínio lógico da experiência de vida dos alunos.
Ensinar com histórias: A narrativa como estratégia didática
Nas histórias de Malba Tahan, cada problema matemático se transforma em um desafio contado com humor, fantasia e sabedoria oriental.
O aluno, ao acompanhar as aventuras de Beremiz Samir, o Homem que Calculava, não apenas aprende a resolver cálculos — aprende também a pensar, argumentar e se maravilhar.
Essa forma de ensinar revela a essência de sua pedagogia: o conhecimento como descoberta.
Inspirado nessa visão, pode-se dizer que Malba Tahan acreditava que a melhor aula é aquela que desperta perguntas, e não apenas respostas.






O papel do professor: contador de histórias e mediador do saber
Para Malba Tahan, o professor era muito mais do que um transmissor de conteúdo:
era um contador de histórias, um guia da curiosidade.
Segundo Graziele Santos, ele via o educador como alguém capaz de encantar pela palavra, conduzindo o aluno à reflexão através da imaginação.
Esse olhar humanista sobre o ensino reforça o que o próprio Malba Tahan demonstrava em suas obras: ensinar é criar pontes entre o raciocínio e a sensibilidade.






Um legado que continua inspirando gerações
Décadas depois, suas ideias permanecem atuais e inspiram educadores em todo o país.
O que ele chamava de “matemática viva” hoje se traduz em práticas que valorizam o aprendizado ativo, a interdisciplinaridade e o protagonismo do aluno.
Malba Tahan nos lembra que a matemática pode ser também uma forma de poesia — e que ensinar é, acima de tudo, contar boas histórias que despertem a mente e o coração.






📚 Referência
SANTOS, Graziele M. G. A Didática de Malba Tahan na Educação Matemática. Monografia. Centro Universitário Claretiano, 2017. Disponível em: malbatahan.com.br/sobre-o-autor/teses/
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